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Ehrlichiose Canina - A "doença do carrapato"


Doença infecciosa que acomete os cães, causada pela bactéria Ehrlichia canis cujo principal vetor é o carrapato, especialmente do gênero Riphicephalus. Seu diagnóstico pode ser complicado já que os primeiros sintomas podem ser inespecíficos. Febre, perda de apetite, fraqueza, vômitos, dificuldades respiratórias, são sintomas que podem acompanhar a doença.

Edemas de membros são relatados na literatura, mas menos frequentes.

A característica mais marcante, sem dúvida, são as hemorragias. Caracterizada pela presença de petéquias (pequenas pontos avermelhados na pele) a equimoses (grandes manchas arroxeadas na pele), ou derrames hemorrágicos em mucosas oral, peniana, vaginal ou na esclera (parte branca dos olhos). Em alguns casos pode haver o derrame hemorrágico na parte anterior dos olhos (hifema). Outros sangramentos, na urina ou nas fezes também podem estar envolvidos.

Essas hemorragias decorrem da redução na contagem de plaquetas provocada pela doença. Entretanto muitas outras doenças também podem provocar tal diminuição, assim, a simples trombocitopenia (baixa de plaquetas) encontrada no hemograma não deve ser interpretada como diagnóstica de ehrlichiose! Na verdade estima-se que de cada 5 trombocitopenias diagnosticadas apenas 01 (uma) deve-se à esta doença.

Como complicação, a doença pode levar a uma anemia de difícil regeneração, que é a principal causa de óbito dos pacientes acometidos.

EXAMES ESPECÍFICOS

Já que a confirmação da doença através de hemogramas pode não ser suficiente, foram desenvolvidos testes sorológicos e de PCR (pesquisa de DNA) que detectam a presença da bactéria ou a presença de anticorpos contra ela.

Devido a gravidade da doença, recomenda-se o diagnóstico específico logo no início dos sintomas pois quanto antes tratada, melhores serão as chances de cura.

CURIOSIDADE SOBRE A BACTÉRIA

As bactérias do gênero Ehrlichia são muito primitivas e desenvolveram um sistema de dependência do hospedeiro. Assim são bactérias intracelulares, ou seja, habitam o interior das células animais o que a proteje do sistema imune. Outro dado importante é que apenas um único carrapato contaminado pode transmitir a infecção. Com isso a doença desenvolve um caráter crônico e pode ficar "escondida" por muito tempo, mesmo por anos. Assim, a simples informação de que seu cão "nunca" teve carrapatos, não deve excluir a doença da lista de diagnósticos do seu veterinário.

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